A Captrain prevê atingir este ano um volume de negócios de 700 milhões de euros. A compra da Takargo ajudará a aumentar o "bolo".

No ano passado, a Captrain realizou um volume de receitas de 615 milhões de euros, o que representou um crescimento de 9,8% face a 2020.

A operadora, controlada pela SNCF, é constituída por cinco empresas – Captrain France, Deutschland, Italia, España e Railtraxx – e assume-se claramente como número dois no transporte ferroviário de mercadorias europeu, só superada pela DB Cargo.

O desenvolvimento do negócio intermodal rodo-ferroviário, com novos tráfegos, e a internalização de operações até aí realizadas por terceiros são as principais explicações para o crescimento de 2021.

Para o ano corrente, a fasquia está ainda mais alta, apontando-se a um crescimento de dois dígitos, até à casa dos 700 milhões de euros de receitas. Para isso também contribuirá a portuguesa Takargo (com uns 15-15 milhões de euros), cuja compra está apenas dependente da autorização da Concorrência.

Num horizonte de dez anos, o presidente da companhia, Nocholas Giraud, citado pelo “Actu Transport & Logistique”, aponta aos mil milhões de euros de volume de negócios. À conta do crescimento orgânico, mas também por aquisições, se as oportunidades surgirem.

Mas nem tudo são boas notícias, O conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia multiplicou os preços da energia consumida.. No caso das locomotivas eléctricas, a factura da luz representa agora cerca de 40% dos custos, contra 15% anteriormente. Daí a necessidade de apoios, para não deitar a perder o desenvolvimento do transporte ferroviário de mercadorias, reclama o gestor.