Mota-Engil é candidata à concessão ferroviária do Corredor do Lobito
27/01/2022 16:00 - Revista Cargo
Dois consórcios estão na corrida ao concurso público de concessão do Corredor do Lobito, lançado em setembro 2021, para exploração num prazo entre 30 e 50 anos, no máximo, depois de verem as suas candidaturas aprovadas pelo Governo angolano. A Comissão de Avaliação admitiu as propostas do consórcio que junta a Trafigura, a Mota Engil e […] O conteúdo Mota-Engil é candidata à concessão ferroviária do Corredor do Lobito aparece primeiro em Revista Cargo - Transportes e Logística.

Dois consórcios estão na corrida ao concurso público de concessão do Corredor do Lobito, lançado em setembro 2021, para exploração num prazo entre 30 e 50 anos, no máximo, depois de verem as suas candidaturas aprovadas pelo Governo angolano.
A Comissão de Avaliação admitiu as propostas do consórcio que junta a Trafigura, a Mota Engil e a Vecturis e do consórcio que junta a CSC – CITIC, a Sinotrans e a CR20.
No documento, pode ainda ler-se que os concorrentes apresentaram algumas reclamações sobre a admissão de concorrentes e de propostas, acções que foram alvo de análise da comissão de avaliação do concurso, que concluíram não haver “inconformidades suficientes para a não admissão de concorrentes e das propostas apresentadas pelos concorrentes”.
A concessão terá um prazo de 30 anos, podendo ir até ao prazo máximo de 50 anos, nas condições definidas nas peças do concurso, período durante o qual o concessionário vai assumir o transporte de grandes cargas, com maior predominância para minérios e combustíveis, enquanto o serviço público de transporte de passageiros e de pequena carga permanecerá sob gestão do Caminho-de-Ferro de Benguela.
O concurso público para a Concessão de Serviços Ferroviários e da Logística de Suporte do Corredor do Lobito foi lançado com o objetivo de garantir a viabilidade económica da infraestrutura ferroviária do Lobito ao Luau, em cumprimento da Lei dos Contratos Públicos, das peças do concurso e das melhores práticas internacionais.
Nos termos da concessão está também prevista a integração do Terminal Mineiro do Porto do Lobito, destaca a nota, acrescentando que a reativação do Corredor do Lobito insere-se igualmente nos esforços do Executivo angolano de reforçar a integração regional e materializar os compromissos da sub-região, apontando para a possibilidade futura da interligação Atlântico-Índico, com a conexão da via-férrea ao Porto de Dar-es-Salaam, na Tanzânia.
“A operação do Corredor do Lobito envolve investimentos adicionais ao longo do percurso férreo Lobito/Benguela/Luau, incluindo, por um lado, a integração da via-férrea contígua do outro lado da fronteira, na República Democrática do Congo, e, por outro, a construção de um ramal para a República da Zâmbia”, salienta o documento.
O Corredor do Lobito beneficiou de requalificação, no âmbito de um investimento de cerca de 1,9 mil milhões de dólares realizado recentemente pelo Governo angolano, que visou a reconstrução do caminho-de-ferro e a ligação com a República Democrática do Congo.