Siemens criará comboio de alta velocidade que conectará Mar Vermelho ao Mediterrâneo
08/10/2021 18:00 - Revista Cargo

A multinacional germânica Siemens encabeça um consórcio que fixou um contrato de 4,5 mil milhões de euros para construir uma linha ferroviária de alta velocidade que ligue Ain Sukhna, no Canal de Suez, a Alexandria e a Marsa Matruh, ou seja, o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo. Segundo informações já veiculadas pelo jornal alemão Spiegel, […] O conteúdo Siemens criará comboio de alta velocidade que conectará Mar Vermelho ao Mediterrâneo aparece primeiro em Revista Cargo - Transportes e Logística.

Siemens criará comboio de alta velocidade que conectará Mar Vermelho ao Mediterrâneo

A multinacional germânica Siemens encabeça um consórcio que fixou um contrato de 4,5 mil milhões de euros para construir uma linha ferroviária de alta velocidade que ligue Ain Sukhna, no Canal de Suez, a Alexandria e a Marsa Matruh, ou seja, o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo.

Segundo informações já veiculadas pelo jornal alemão Spiegel, o projecto ficará finalizado no ano de 2027, havendo, numa fase complementar, a possibilidade de extensão da via até Luxor e à cidade de Hurghada. A iniciativa conduzirá a um forte estímulo económico e terá o potencial de criar 15.000 postos de trabalho no Egipto, adiantou a Siemens. Duas empresas egípcias foram já contratadas para a construção da via.

Refira-se ainda que construção da ferrovia também criará empregos na Alemanha, com enfoque em três cidades ligadas à indústria ferroviária. No enquadramento deste contrato, a multinacional Siemens ficará encarregue de produzir comboios de alta velocidade Velaro, na localidade de Krefeld, além de locomotivas para carga e transporte regional, na cidade de Munique, e também tecnologia de sinalização, em Braunschweig.

Recorde-se que o Egipto depara-se actualmente sérios constrangimentos no segmento dos transportes, com os autocarros de pequena dimensão sobre-lotados, o trânsito sistematicamente desordenado e as imberbes estruturas de acesso e ferrovias insuficientes para conexões íntegras e eficazes. Os automóveis, as locomotivas e as tecnologias de sinalização desactualizadas completam um quadro de iminente disrupção.

Refira-se ainda que esta iniciativa é um produto duma estratégia de planificação de projectos infra-estruturais que as empresas alemãs gizaram na região durante as décadas de 1960 e 1970. À época, potências ferroviárias europeias como a Alemanha, França e outros países efectuaram investimentos em nações em desenvolvimento – uma tendência que abrandou significativamente no arranque do novo milénio.

Fonte: ZAP

Foto: Siemens Mobility