Revolução: França proíbe voos domésticos curtos sempre que o comboio é alternativa
24/05/2023 10:39 - NIT
A medida andava a ser discutida em França há mais de dois anos e, agora, foi mesmo implementada. A partir desta terça-feira, 23 de maio, entrou em vigor a proibição de voos domésticos quando existe alternativa de comboio para uma viagem de duração inferior a duas horas e meia. O objetivo é reduzir as emissões de … Continued O conteúdo Revolução: França proíbe voos domésticos curtos sempre que o comboio é alternativa aparece primeiro em NiT.

A medida andava a ser discutida em França há mais de dois anos e, agora, foi mesmo implementada. A partir desta terça-feira, 23 de maio, entrou em vigor a proibição de voos domésticos quando existe alternativa de comboio para uma viagem de duração inferior a duas horas e meia. O objetivo é reduzir as emissões de gases de efeito estufa das aeronaves.
“Enquanto lutamos incansavelmente para descarbonizar os nossos estilos de vida, como podemos justificar a utilização do avião entre as grandes cidades que beneficiam de ligações regulares, rápidas e eficazes por comboio?”, justificou Clement Beaune, Ministro dos Transportes francês.
Com esta proibição, deixará de ser possível viajar de avião da capital francesa, Paris, para cidades como Nantes, Lyon ou Rennes, que ficam a menos de 2h30 de comboio. Os voos de ligação com outros destinos não serão afetados.
A medida está incluída na Lei do Clima, aprovada em agosto de 2021, mas a proibição de voos curtos ficou suspensa após contestação da associação francesa de aeroportos. A Comissão Europeia ainda examinou o recurso, mas acabou por rejeitá-lo em dezembro de 2022.
Para que as viagens de avião domésticas de curta duração fossem proibidas em França, a União Europeia (UE) decretou que as rotas aéreas em questão deviam ter uma alternativa ferroviária de alta velocidade com frequências suficientes e horários apropriados.
As ligações ferroviárias também devem garantir que o viajante esteja na cidade de destino em menos de oito horas. As cidades de Rennes e Lyon, por exemplo, ficaram excluídas da medida por não existirem alternativas ferroviárias que permitissem cumprir os requisitos exigidos pela UE.