Dentro de menos de um ano, um terreno junto à estação de comboios de Benfica vai ser transformado numa residência universitária. Será a primeira em Portugal a ser projetada, construída e explorada por uma junta de freguesia. “Este é um projeto inovador em vários aspetos. Decidimos avançar com ele, não apenas pelas óbvias necessidades de … Continued O conteúdo Primeira residência universitária construída por uma junta de freguesia abre em 2024 aparece primeiro em NiT.

Dentro de menos de um ano, um terreno junto à estação de comboios de Benfica vai ser transformado numa residência universitária. Será a primeira em Portugal a ser projetada, construída e explorada por uma junta de freguesia.

“Este é um projeto inovador em vários aspetos. Decidimos avançar com ele, não apenas pelas óbvias necessidades de alojamento estudantil nesta área da cidade, como em toda a Lisboa, mas também para dar um sinal muito claro relativo ao papel que uma entidade pública local, como uma junta, pode desempenhar ao nível da resolução dos problemas habitacionais”, disse ao “Público” o presidente da Junta de Freguesia de Benfica, Ricardo Marques.

A nova residência universitária de Lisboa terá capacidade para acomodar 120 estudantes, maioritariamente bolseiros deslocados ou com mobilidade reduzida. Deverá começar a ser construído ainda durante o mês de maio, no bairro de Calhariz de Benfica. O edifício representa um investimento de 3,9 milhões de euros, suportados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O projeto enquadra-se no programa de alojamento universitário a custos acessíveis, aumentando em 24 por cento a oferta disponível para estudantes bolseiros deslocados na cidade de Lisboa. Deverá estar pronto em março de 2024 e os alojamentos custarão entre os 77€ e os 288€ por mês.

Das 120 camas, 72 serão destinadas a alunos bolseiros deslocados, os principais beneficiários da nova residência. Estão ainda previstas seis camas para estudantes com deficiência ou mobilidade reduzida, enquanto as restantes 32 camas serão distribuídas por outros universitários.

A iniciativa da junta de freguesia surge devido ao problema de alojamento estudantil em Benfica, onde se localizam três estabelecimentos de ensino superior que pertencem ao Instituto Politécnico de Lisboa: Escola Superior de Música, Escola Superior de Educação e Escola Superior de Comunicação Social. Atualmente, existe apenas uma residência para estes estudantes, mas é privada e cobra valores mais elevados.

A rapidez da obra deve-se à adoção de uma nova técnica de edificação: a junta optou por escolher um projeto desenhado segundo o Sistema Construtivo em Blocos Autoportantes de Betão Armado (SIMBA), com 80 por cento da estrutura a chegar já pré-montada ao terreno, com uma área de implantação de cerca de três mil metros quadrados.