A Linha da Beira Alta reabriu entre a Guarda e Vilar Formoso, mas mantêm-se as limitações operacionais na fronteira e o impasse nas compensações aos operadores ferroviários, segundo o director executivo da APEF.

Desta feita, o prazo foi cumprido. A circulação ferroviária na Linha da Beira Alta, no troço entre a Guarda e Vilar Formoso, interrompida para obras no início de Agosto, foi retomada na passada segunda-feira, como previsto, permitindo a circulação dos comboios (pela Linha da Beira Baixa) até à fronteira de Vilar Formoso.

A informação foi confirmada ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS pelo diector executivo da APEF (que agrega a Medway e a Takargo / Captrain), Miguel Rebelo de Sousa. Subsistem, porém, as restrições à operação na fronteira, e com elas a necessidade de fazer o transbordo das cargas em camião.

“Até dia 31 de Agosto podemos circular com as seguintes restrições: limite de comprimento de 277m quando há entrega ou recebimento directo em Vilar Formoso [e] quando é necessário ocupar as linhas em Vilar Formoso, o comprimento fica limitado a 211m (existem apenas 3 linhas livres)”, referiu.

Na primeira quinzena, “os comboios a granel foram cancelados por inexistência de alternativa”, enquanto os comboios intermodais “foram compensados por camião. E continuam a ir por camião na segunda quinzena, devido às restrições de comprimento em Vilar Formoso”, acrescentou.

Em aberto mantém-se a questão da compensação aos operadores ferroviários dos sobrecustos suportados decorrentes do encerramento da Linha da Beira Alta, assunto que deveria ter ficado resolvido atá 18 de Abril.

“Ainda não existe acordo formalizado entre as partes sobre o encerramento da Beira Alta e, agora, sobre este encerramento entre Guarda e Vilar Formoso”, garantiu o director executivo da APEF.