Vêm aí anos de tudo ou nada na Infraestruturas de Portugal
27/07/2022 07:27 - Sapo Eco

Confirmando-se a entrada de Miguel Cruz para o cargo máximo da Infraestruturas de Portugal, o Governo resolve com 18 meses de atraso o tema da sucessão de António Laranjo. Sem currículo na área e com experiência sobretudo financeira, o novo presidente da Infraestruturas de Portugal vai enfrentar um mandato de exigência máxima do lado ferroviário […]

Vêm aí anos de tudo ou nada na Infraestruturas de Portugal

Confirmando-se a entrada de Miguel Cruz para o cargo máximo da Infraestruturas de Portugal, o Governo resolve com 18 meses de atraso o tema da sucessão de António Laranjo. Sem currículo na área e com experiência sobretudo financeira, o novo presidente da Infraestruturas de Portugal vai enfrentar um mandato de exigência máxima do lado ferroviário e que pode ser a diferença entre mais um fracasso ou uma tímida recuperação. Para trás parece ficar a promessa de dar o sinal à prioridade ferroviária logo a partir do seu presidente.

Será mais fácil entender-se o tamanho da missão se entendermos os maiores desafios que a empresa enfrenta.

Vêm aí anos de tudo ou nada. A primeira parte já se esgotou, sem glória mas com muita propaganda. A segunda será escrita, ao que tudo indica, por Miguel Cruz. À frente da Infraestruturas de Portugal, a maior empresa do país em quantidade de activos, tanto se pode ficar na história pelas melhores como pelas piores razões. No caso particular desta empresa, nunca a diferença entre ambas esteve tão ligada à vontade de quem entra para o mais alto lugar da administração. O legado de Pedro Nuno Santos estará muito mais ligado a este período que agora começa do que à gestão dos temas aeronáuticos.