APAT insiste nos corredores logísticos
17/04/2024 16:32 - Transportes & Negócios
Numa primeira reacção ao Programa de Governo, a APAT aplaude a promoção da ferrovia, mas insiste nos corredores logísticos e nos investimentos nos portos e na carga aérea. The post APAT insiste nos corredores logísticos first appeared on Transportes & Negócios.

A APAT, em nome dos transitários, “saúda a aposta na persecução de acordos transversais de longa duração no que concerne a projectos impactantes que acarretam investimentos avultados, e, por consequência, prazos de retorno do investimento mais extensos”, refere em comunicado.
Mais, “considera ainda encorajador o desígnio de promoção da transferência modal das mercadorias para o meio ferroviário – corrigindo-se os desequilíbrios na taxação da infraestrutura e fomentando-se a eficiência do transporte – esperando, contudo, que tal meta possa ser reforçada com medidas complementares de fomento do aumento da quota ferroviária no transporte de mercadorias”.
E nesse sentido, a associação dos transitários anuncia a intenção de criar “uma Comunidade de Logística Ferroviária, (…) reunindo os agentes do ecossistema ferroviário com o intuito de ultrapassar os principais constrangimentos que ferem a competitividade de um método de transporte que continua a operar abaixo do seu verdadeiro potencial”.
Numa lógica de integração modal, a APAT defende “a definição de corredores logísticos, capazes de integrar portos marítimos, portos secos e terminais rodo-ferroviários, estabelecendo politicas uniformes e coerentes que possibilitem esta transferência modal sem ostracizar qualquer elemento deste ecossistema logístico, no qual todos os agentes deveriam estar conectados, promovendo uma maior competitividade”, acrescenta o comunicado.
No que concerne especificamente aos portos, os transitários reclamam “políticas de investimento (público, mas também privado)” que concretizem “o imenso potencial geostratégico que os portos nacionais possuem” e que os torne “capazes de competir por um lugar nas mais influentes rotas comerciais”.
Sobre o transporte aéreo de mercadorias, a APAT lembra que “Portugal carece de terminais de carga adequados, não só às novas exigências operacionais, como às diretrizes de segurança às quais a legislação internacional obriga” e critica “a ausência de uma perspectiva integrada, que entenda que a aposta no transporte de passageiros nunca pode significar a exclusão ou secundarização do investimento na carga aérea – algo que, tememos, possa acontecer com o novo aeroporto, cujo dossier parece não contemplar a construção de um hub de carga, fundamental para o país”.