Terminal ferroviário de Leixões duplica área
17/08/2022 18:09 - Transportes & Negócios

O "novo" terminal ferroviário de Leixões, integrado no porto e gerido pela APDL, terá o dobro da capacidade do actual, gerido pela Infraestruturas de Portugal.

Terminal ferroviário de Leixões duplica área

Foi hoje publicado em Diário da República o decreto-lei que atribui à APDL a gestão do terminal ferroviário de mercadorias de Leixões. Em consequência, dentro de seis meses acabarão as barreiras físicas e administrativas que hoje separam as duas infra-estrututuras e que dificultam a complementaridade modal entre o transporte marítimo e o transporte ferroviário.

Desde logo, terminará a “via sacra” de 18 quilómetros que, ainda hoje, os contentores têm de percorrer entre o terminal marítimo e o terminal ferroviário, mesmo se apenas estão separados por uma vedação.

Mas não só. Com a integração da gestão e o abolir das barreiras físicas será possível reordenar o espaço do terminal ferroviário e ampliá-lo para cerca de 100 mil quadrados (dez hectares), praticamente o dobro da actualidade.

Além disso, o terminal disporá de linhas com capacidade para receber comboios de até 750 metros de comprimento, com os ganhos operacionais, económicos e ambientais daí decorrente4s.

O decreto-lei hoje publicado em Diário da República entra em vigor amanhã, mas na verdade a transferência só terá efeitos plenos no primeiro dia útil do sexto mês seguinte ao da entrada em vigor, o que atira para Fevereiro do próximo ano.

De acordo com o texto legal, os trabalhadores da Infraestruturas de Portugal afectos ao terminal de Leixões serão integrados na APDL (salvo oposição dos próprios).

No prazo de um mês a APDL e a IP celebrarão o protocolo com as regras de exploração e circulação do terminal de Leixões e a sua integração na rede ferroviária nacional. Ao mesmo tempo, a IP prestará o apoio necessidade para a capacitação da APDL para assumir as novas funções.

Nuno Araújo, presidente do Porto de Leixões, já disse que a APDL pretende explorar directamente o termina ferroviário, afastando assim o cenário de concessão.