Ainda não está fechado o acordo entre a Infraestruturas de Portugal (IP), a Medway e a Takargo sobre as compensações pela interrupção da Linha da Beira Alta.

A Linha da Beira Alta fechou hoje, por nove meses, mas em aberto continuam as negociações entre a IP, a Medway e a Takargo sobre as compensações a pagar / receber, confirmou a IP ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS.

Questionada a propósito, a gestora da infra-estrutura confirmou ter recebido “pedidos de compensação extraordinários por parte da Takargo e Medway, tendo em consideração os impactos que este encerramento provocará nas contas de exploração de cada um destes operadores”.

Mas acrescentou que tais compensações estão “ainda em avaliação”, indo ser “reguladas por acordos a estabelecer entre a IP e cada um dos operadores ferroviários de mercadorias”.

Com o encerramento da Linha da Beira Alta, Medway e Takargo são obrigadas a desviar os seus comboios para a Linha da Beira Baixa ou para a Linha do Leste, com implicações nas distâncias a percorrer e na capacidade de transporte, logo, na competitividade da solução ferroviária e nos custos a suportar.

Do lado dos operadores, a intenção é que os clientes não sintam a mudança na factura que lhes é apresentada, com os eventuais sobrecustos a serem integralmente passados / suportados pela IP.

Na resposta enviada ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS, a IP não avança qualquer prazo para fechar os acordos com os transportadores de mercadorias. Outrossim, insiste em que “o projecto de modernização da Linha da Beira Alta (…) l é essencial para disponibilizar um transporte ferroviário de mercadorias com mais capacidade e competitividade, nomeadamente na ligação a Espanha e restante Europa”.