A Metro do Porto prevê regressar aos indicadores de performance de antes da pandemia apenas em 2023 ou 2024. 

De acordo com o Plano de Actividades e Orçamento (PAO) para 2022, a Metro do Porto terá transportado no ano passado 46,6 milhões de passageiros, melhor do que os 39,3 milhões de 2020, mas longe do recorde de 71,3 milhões atingido em 2019.

Para o ano corrente e o próximo, as previsões são de 6,5 milhões e 68,6 milhões de passageiros, ainda baixo do valor de 2019. Que só deverá ser ultrapassado em 2024, para quando se antecipam 87,5 milhões de passageiros, um salto que a empresa atribui às “inaugurações das extensões da rede de Metro em curso (linha Amarela e Rosa) e da linha de BRT [Bus-Rapid Transit, ‘metro-bus’ da Boavista]”.

A situação repete-se quando se fala de receitas. Para 2021, a projecção da empresa liderada por Tiago Braga aponta para 42,4 milhões de euros, valor que é previsto subir para 51,7 milhões este ano e para 55,8 milhões de euros em 2023. Ainda assim abaixo dos valores de 2019 (57,1 milhões de euros). Em 2024 está previsto um aumento significativo do volume de negócios da Metro do Porto, que atingirá os 71,8 milhões de euros.

Em consequência “da quebra de procura e receita originada pela situação de pandemia”, a Metro do Porto registou perdas operacionais nos últimos anos, e assim deverá acontecer ainda este ano.

“Preveem-se taxas de cobertura dos gastos pelos rendimentos operacionais de cerca de 82% em 2021, 98% em 2022, 107% em 2023, 128% em 2024 e 130% em 2025”, uma evolução “consistente com a recuperação da procura e, consequentemente, das receitas de bilhética e acessórias”, aponta a Metro do Porto.