Caminhos para pôr Portugal a crescer na próxima década
18/12/2021 04:16 - Dinheiro Vivo

Qualificação de pessoas, capitalização de empresas, investimento público sério, foco no ambiente e aposta na digitalização são estradas apontadas como essenciais para o país conseguir apanhar o comboio europeu e desenvolver-se a bom ritmo, depois de uma crise pandémica que congelou as economias e mudou radicalmente as prioridades do paradigma mundial.

Caminhos para pôr Portugal a crescer na próxima década

Alberto Ruano, Diretor-geral Ibéria da Lenovo

"A Lenovo acredita que Portugal crescerá com o investimento público e ajudas económicas que ajudem investidores privados a apostar mais no país."

Alexandre Fonseca, Presidente Executivo da Altice Portugal

"É fundamental existir coinvestimento entre o setor público e o setor privado. O investimento público deve complementar o extraordinário trabalho que empresas como a Altice Portugal têm feito pelo país. É preciso dar importância às empresas, promover a uniformização de sistemas e a interoperabilidade em setores decisivos, aproveitando as suas mais-valias para o interesse público. Este é um dos caminhos possíveis para termos maior competitividade".

Cristina Rodrigues, Managing director Capgemini Portugal

"É crítico investir na qualificação das pessoas, melhorar a atração de talento e investimento e diversificar a nossa base económica, implementando estruturas tecnológicas e digitais."

Daniela Esteves, Administradora da Finpartner

"No meu ponto de vista o crescimento continuado da economia portuguesa depende muito de melhorarmos a atratividade do nosso país a nível internacional, captando mais investimento estrangeiro. E como tal temos de ter estabilidade política e fiscal. Para além disso, temos de ser pioneiros e ter capacidade de inovar, tanto a nível tecnológico como ambiental, criando novas oportunidades de negócio e por sua vez novos postos de trabalho. Acredito que o crescimento de cada empresa, e por consequência da economia, tem de passar pela captação de mão-de-obra qualificada e pela aposta contínua na formação das pessoas. A inovação tecnológica é muitas vezes vista como destruidora de postos de trabalho, estando conotada como um subterfúgio para substituir mão-de-obra humana e reduzir custos. Mas deve ser vista, sim, como uma oportunidade que pode permitir a evolução dos profissionais ativos e criar novas oportunidades de emprego."

João Amaral, Manager Portugal e CTO da Voltalia

"Viver numa economia de baixo carbono na próxima década significa pôr em prática respostas às alterações climáticas e ações que contribuam ativamente para um planeta saudável, uso correto dos recursos e um futuro sustentável."

Olivier Establet, Presidente da DPD Portugal

"A exportação e a inovação são as melhores alavancas para a economia crescer, devendo ser favorecidas por iniciativas concretas de investimento e incentivos fiscais nas políticas públicas."

Tiago Barroso, CEO NTT DATA Portugal

"O contexto dos últimos dois anos demonstrou, mais uma vez, que o desenvolvimento científico e tecnológico é o grande suporte para a transformação e para o desenvolvimento, pelo que uma aposta sólida na ciência e na tecnologia não pode deixar de estar no centro da reflexão sobre soluções para o crescimento do país. Neste sentido e partindo também da posição de responsável em Portugal por uma consultora multinacional no domínio das Tecnologias de Informação, sublinho a convicção de que o investimento que o país faça na qualificação e no desenvolvimento de talento no domínio das tecnologias será uma alavanca fundamental de suporte à inovação e transformação digital das organizações de todos os setores de atividade. Constituirá também um ativo de afirmação internacional e, em suma, será um fator decisivo para o crescimento económico. Este investimento tem de ser também estruturado para a mitigação do risco emergente das desigualdades digitais, buscando um bem-estar coletivo para um país mais coeso e mais capaz de enfrentar os desafios do futuro."

Vítor Ribeirinho, CEO/Chairman da KPMG Portugal

"O ESG já não é uma escolha, é um imperativo. É uma decisão estrutural para o país e para as organizações. O seu impacto é decisivo para responder às mudanças fundamentais que se avizinham."