Pinto Luz ouvido no Parlamento sobre chumbo de plano da CP para a Alta Velocidade
18/09/2024 12:59 - Sapo Eco

Os deputados da Comissão de Economia aprovaram um requerimento do Bloco de Esquerda (BE) para ouvir o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, sobre a rejeição pelo Governo do plano da CP para adquirir comboios de alta velocidade. O ministro deverá ser ouvido em ronda suplementar no Parlamento, quando comparecer no âmbito […]

Pinto Luz ouvido no Parlamento sobre chumbo de plano da CP para a Alta Velocidade

Os deputados da Comissão de Economia aprovaram um requerimento do Bloco de Esquerda (BE) para ouvir o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, sobre a rejeição pelo Governo do plano da CP para adquirir comboios de alta velocidade. O ministro deverá ser ouvido em ronda suplementar no Parlamento, quando comparecer no âmbito da discussão do Orçamento do Estado.

A audição de Miguel Pinto Luz foi requerida pelo BE no seguimento da notícia do Público de dia 8 de agosto deste ano, sobre a surpresa da administração da CP em relação à rejeição do investimento em 14 comboios de alta velocidade.

A oposição à aquisição das automotoras foi deixada pelo ministro no Parlamento, no final de julho. “A CP não terá o monopólio e nem sequer será maioritária” na operação das linhas de Alta Velocidade em Portugal, afirmou Miguel Pinto Luz na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação. “Não vamos comprar tantos comboios como a CP queria. A CP tinha uma ambição de comprar comboios e ficar com uma quota de 80%. Acreditamos que isso não é saudável para o mercado”, disse.

O requerimento, assinado pela deputada bloquista Marisa Matias, afirma que “esta decisão do Governo põe em causa a sustentabilidade futura de uma empresa estratégica para o país” e que os comboios de alta velocidade como os Alfa e os Intercidades são aqueles “cuja atividade tem um maior potencial de lucro”. Foi aprovado esta quarta-feira, com os votos a favor do Bloco de Esquerda, Partido Socialista e Partido Social Democrata e a abstenção do CHEGA.

O investimento nas 14 automotoras iria custar, numa primeira fase, cerca de 455 milhões de euros, segundo a notícia do Público.