Adjudicado aquele que se espera ser último serviço alternativo ao Ramal da Lousã
16/04/2024 10:04 - Sapo 24

A Metro Mondego adjudicou na segunda-feira a prestação de transporte rodoviário em alternativa ao Ramal da Lousã, naquele que espera ser o último contrato do género, mais de 14 anos depois do fim do tráfego ferroviário naquele troço.

Adjudicado aquele que se espera ser último serviço alternativo ao Ramal da Lousã

Em 14 anos desde o fim do Ramal da Lousã, a Metro Mondego suportou “12,9 milhões de euros de défice com os serviços alternativos”, afirmou fonte da Metro Mondego (MM), quando questionada pela agência Lusa sobre o assunto.

A MM adjudicou, após concurso público, os serviços alternativos à empresa ETAC, por cerca de um milhão de euros, num contrato com uma duração de 214 dias (sete meses), de acordo com o procedimento publicado no portal da contratação pública Base, que a Lusa consultou.

Contactada pela Lusa, fonte oficial da MM explicou, em resposta escrita, que o contrato diz respeito ao período entre 01 de junho e 31 de dezembro, tendo já sido submetido ao Tribunal de Contas para visto prévio.

"Este contrato não prevê prolongamentos e não estamos a trabalhar com qualquer cenário em que os serviços alternativos se prolongam para lá de 31 de dezembro”, vincou a mesma fonte.

Nesse sentido, a MM espera que este seja o último serviço alternativo ao Ramal da Lousã, entre Serpins (concelho da Lousã) e Coimbra, antes da entrada em funcionamento do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM).

A MM conta arrancar com a operação entre Serpins e a Portagem (Coimbra) até ao final do ano.

O tráfego ferroviário entre Serpins e Coimbra foi encerrado em janeiro de 2010 para o ramal dar lugar àquilo que inicialmente era um projeto de metro ligeiro de superfície, mas que evoluiu para um sistema de autocarros elétricos a circular em via dedicada.

O SMM consiste na implementação de troços de via dedicada (com algumas exceções em Coimbra), onde vão circular autocarros elétricos que irão operar no antigo ramal ferroviário da Lousã, e na área urbana de Coimbra, ligando esta cidade a Serpins, com passagem em Miranda do Corvo e Lousã, numa extensão de 42 quilómetros.

A operação no troço suburbano deve arrancar no final de 2024 e na cidade de Coimbra em 2025, segundo a Metro Mondego.