Frequência do Metro do Porto na linha Amarela deve aumentar já em janeiro
06/12/2023 20:22 - Dinheiro Vivo
Ligação entre Hospital São João e Santo Ovídio vai ter oferta de cinco em cinco minutos, anunciou o presidente da companhia
A frequência de passagem do Metro do Porto em hora de ponta na linha Amarela, entre Hospital São João e Santo Ovídio, vai aumentar para cinco em cinco minutos já em janeiro, disse nesta quarta-feira o presidente da transportadora.
"A nossa intenção é, em janeiro, ainda antes da extensão [da linha Amarela até Vila d'Este], avançarmos de imediato para 12 veículos por hora, por sentido, em hora de ponta", o que representa uma frequência de passagem de cinco minutos, ao contrário dos atuais seis, disse aos jornalistas Tiago Braga.
O presidente da Metro do Porto falava aos jornalistas numa visita ao viaduto de Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia (distrito do Porto), parte integrante da extensão da linha Amarela até Vila d'Este, durante a qual esteve acompanhado pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, e pelo presidente da Câmara de Gaia e da Área Metropolitana do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues.
Desta forma, a frequência de passagem na linha aumentará ainda antes da entrada ao serviço comercial da extensão da linha Amarela até Vila d'Este, prevista para abril, depois da conclusão das obras no final deste ano.
"Depois vamos passar para 14 [veículos por hora e sentido, frequência de passagem de 04:12 minutos], e aquilo que nós desenhamos em termos de oferta são 16 veículos por hora e sentido [frequência de 03:45 minutos] até Santo Ovídio, e depois uma rutura de frequência com oito veículos por hora e sentido [frequência de 07:30 minutos] até Vila d'Este", explicou aos jornalistas Tiago Braga.
Em agosto, o presidente da Câmara de Gaia disse que estará a preparar, até fevereiro, o tráfego da Avenida da República para o aumento de frequências do Metro do Porto, através de mudanças na semaforização e eventuais supressões de cruzamentos da linha.
"Estão em curso todos os estudos de mobilidade para assegurar maior velocidade no trajeto. Em alguns casos, isso passa pela alteração da temporização dos semáforos, noutros passará por eventuais supressões de cruzamentos, sempre no benefício do transporte público", disse então Eduardo Vítor Rodrigues à Lusa.
Hoje, o presidente da Metro do Porto detalhou ainda o atual estado da empreitada do Parque de Material e Oficinas (PMO) de Vilar de Andorinho, em construção no âmbito da extensão da linha Amarela, dizendo que a sua evolução terá "fases distintas".
"Numa primeira fase, vai funcionar como estava inicialmente previsto, ou seja, para servir a linha Amarela com uma estação de serviço e uma estação de limpeza", e depois, "já com a totalidade dos pentes construídos para parquear 65 veículos, com uma nave industrial para ser o PMO de manutenção quer dos veículos da linha Amarela, quer dos veículos da linha Rubi", explicou.
O objetivo é também diminuir o número de quilómetros vazios percorridos pelos metros quando não estão em serviço, "melhorando muito a eficiência operacional da Metro do Porto", já que toda a operação está atualmente centralizada em Guifões, Matosinhos.
O investimento total na extensão da linha Amarela totaliza 206,4 milhões de euros, de acordo com uma resolução do Conselho de Ministros de 14 de julho.