Metro do Porto reduz prejuízo para 46,1 milhões alicerçada no melhor EBITDA de sempre
05/07/2023 11:40 - Dinheiro Vivo
A receita direta de exploração da empresa liderada por Tiago Braga subiu 11,1%, de 48,3 milhões de euros em 2021 para 53,7 milhões em 2022
A Metro do Porto registou prejuízos de 46,1 milhões de euros em 2022, uma redução face aos 64,7 milhões de 2021, alicerçada no melhor resultado de sempre antes de juros, impostos, amortizações e depreciações (EBITDA).
Segundo o Relatório e Contas de 2022, hoje consultado pela Lusa, o EBITDA subiu de 18,6 milhões de euros em 2021 para 30,7 milhões de euros em 2022, ao passo que o resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) melhorou de 40,9 milhões de euros de prejuízo para 28,8 milhões.
"A empresa atingiu o melhor EBITDA (resultados antes taxas, impostos, juros, amortizações e depreciações) de sempre, no valor de 30,7 milhões de euros", apontou a Metro do Porto em comunicado, após a aprovação do Relatório e Contas de 2022 por unanimidade.
No total, o resultado líquido do período referente a 2022 foi um prejuízo de 46,1 milhões de euros, uma melhoria face aos 64,7 milhões de 2021.
A receita direta de exploração da empresa liderada por Tiago Braga subiu 11,1%, de 48,3 milhões de euros em 2021 para 53,7 milhões em 2022, um indicador que cresceu mais que os custos da operação, que subiram 7,9%, de 38,9 milhões de euros em 2021 para 42,1 milhões em 2022.
Em termos de investimento, e face às várias empreitadas em curso ou planeadas, a Metro do Porto atingiu os 121 milhões de euros, um máximo desde 2010, devido à nova Linha Rosa, à extensão da Linha Amarela, aos projetos da Linha Rubi e da nova ponte sobre o rio Douro, o projeto do "metrobus" Boavista - Império, a aquisição de 18 novos veículos e a renovação de sistemas técnicos de apoio à exploração.
A Metro do Porto assinala ainda "o aumento da produção (em 10,5%, para oito milhões de quilómetros percorridos)", bem como a subida da taxa da ocupação, que subiu seis pontos percentuais para 18,9%, depois de 12,9% em 2021.
Em termos de validações, 2022 foi o segundo melhor ano de sempre da empresa, tendo registado 65,2 milhões, bem acima dos 41,7 milhões de 2021, mas abaixo do máximo histórico de 71,3 milhões de 2019.
O Estado é o maior acionista da Metro do Porto, detendo 47% do capital social da empresa, seguindo-se a Área Metropolitana do Porto com 35% (incluindo Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia com uma ação cada), a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) com 15% e a CP - Comboios de Portugal com 3%.