Greves na CP levaram à supressão de 180 comboios em 1.090 programados
28/04/2023 19:20 - Sapo 24
As greves que afetam a CP levaram hoje, entre as 00:00 e as 19:00, à supressão de 180 comboios em 1.090 previstos, de acordo com dados enviados pela transportadora.
Realizaram-se, assim, 910 comboios no mesmo período, indicou.
No serviço de longo curso, foram suprimidos 11 comboios em 66 previstos e, no regional, de 259 estimados não circularam 62.
Nos urbanos de Lisboa, foram suprimidos 81 comboios em 520 programados, enquanto no Porto, de 217 estimados foram suprimidos 22 comboios.
Nos urbanos de Coimbra, não se realizaram quatro comboios em 28 estimados.
Até domingo, na CP, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00 entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço.
Na Infraestruturas de Portugal (IP) e também até domingo, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00 entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço.
Estas greves foram decretadas por uma plataforma de sindicatos composta pela ASCEF – Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária; o SINFB – Sindicato Nacional dos Ferroviários Braçais e Afins; o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins; o FENTECOP – Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Publicas; o SIOFA – Sindicato Independente dos Operários Ferroviários e afins; a ASSIFECO – Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial e os STF – Serviços Técnicos Ferroviários.
Também o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) está em greve durante todo este mês, face à “atitude de desconsideração” de que acusa a empresa.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão “aumentos salariais efetivos”, a “valorização da carreira da tração” e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.
Os trabalhadores pedem igualmente uma “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”, um “efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes” e o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo”.