Greves na CP suprimiram 197 comboios em 1.087 programados até às 19:00
17/04/2023 19:32 - Sapo 24

As greves que afetam a CP levaram hoje à supressão de 197 comboios em 1.087 programados entre as 00:00 e as 19:00, de acordo com dados da transportadora.

Greves na CP suprimiram 197 comboios em 1.087 programados até às 19:00

Assim, realizaram-se neste período 890 comboios, indicou a CP.

No serviço de longo curso foram suprimidos 10 comboios de um total de 65 estimados e no regional, de 259 previstos, não se realizaram 69.

Nos urbanos de Lisboa não circularam 87 composições de 518 previstas e no Porto, de 217 estimados, foram suprimidos 27 comboios.

Nos urbanos de Coimbra, de 28 comboios previstos não se realizaram quatro.

Até ao final do mês, “na CP, os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.

Até 30 de abril, na IP, “os trabalhadores cujo seu período normal de trabalho abranja mais de três horas durante o período compreendido entre as 00:00 e as 05:00, entrarão em greve a partir da sétima hora de serviço”.

Estas greves foram decretadas por uma plataforma de sindicatos composta pela ASCEF – Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária; o SINFB – Sindicato Nacional dos Ferroviários Braçais e Afins; o SINFA – Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins; o FENTECOP – Sindicato Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Publicas; o SIOFA – Sindicato Independente dos Operários Ferroviários e afins; a ASSIFECO – Associação Sindical Independente dos Ferroviários de Carreira Comercial e os STF – Serviços Técnicos Ferroviários.

O Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), por sua vez, está em greve durante todo o mês de abril, face à “atitude de desconsideração” de que acusa a empresa.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão “aumentos salariais efetivos”, a “valorização da carreira da tração” e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.

Ainda reclamada é uma “humanização das escalas de serviço, horas de refeição enquadradas e redução dos repousos fora da sede”, um “efetivo protocolo de acompanhamento psicológico aos maquinistas em caso de colhida de pessoas na via e acidentes” e o “reconhecimento e valorização das exigências profissionais e de formação dos maquinistas pelo novo quadro legislativo”.