Metro do Porto atira concurso da Linha Rubi para maio e evita deserto de candidatos
13/04/2023 06:51 - Sapo Eco
O presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, disse na quarta-feira que a empresa poderá lançar o concurso público da Linha Rubi em maio para evitar que fique deserto, enquanto ainda ultima os preparativos do procedimento e do projeto. “Não temos o dia, será anunciado muito brevemente. Mas eu reafirmo que [será] no final de […]

O presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, disse na quarta-feira que a empresa poderá lançar o concurso público da Linha Rubi em maio para evitar que fique deserto, enquanto ainda ultima os preparativos do procedimento e do projeto.
“Não temos o dia, será anunciado muito brevemente. Mas eu reafirmo que [será] no final de abril, início de maio… nós estamos a ultimar aquilo que já tive oportunidade de dizer. Estamos na fase de revisão do projeto”, disse à Lusa Tiago Braga, numa visita às obras da extensão da Linha Amarela, entre Santo Ovídio e Vila d’Este, em Vila Nova de Gaia.
Segundo Tiago Braga, “um projeto da magnitude da Linha Rubi, que envolve uma ponte, dois viadutos muito significativos, três quilómetros de túnel, estações à superfície e enterradas” implica cuidados quanto ao procedimento concursal.
“Não queremos correr o risco de lançarmos o concurso e do concurso ficar deserto, como tem acontecido um pouco por todo o lado”, disse à Lusa o responsável da Metro do Porto.
Em Gaia, as estações previstas para a Linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e no Porto Campo Alegre e Casa da Música, estando prevista a construção de uma nova ponte sobre o rio Douro.
Segundo o responsável, a revisão está “na fase final de preparação das peças do concurso”, mais concretamente no projeto de execução “quer da linha quer da ponte”, reconhecendo que “está a demorar um pouco mais” do que o inicialmente previsto (17 de março ou o final daquele mês).
“Provavelmente, se calhar, damos menos tempo, ou [podemos] manter o tempo e poder arrastar um bocadinho, um ou dois meses, o início da obra, mas com a certeza absoluta que não damos passos em falso, porque isso era o pior que nos podia acontecer”, disse hoje à Lusa Tiago Braga.
Quanto à componente de revisão do projeto em termos de preço, inicialmente calculado em 299 milhões de euros (financiados a fundo perdido pelo Plano de Recuperação e Resiliência) Tiago Braga não quis adiantar nenhum valor à Lusa.
Questionado sobre se o mesmo poderia rondar os 100 milhões de euros, o responsável da Metro respondeu que, com “o número dos 100 é fácil de fazer a conta, porque toda a gente fala que a revisão de preços são 30%”.
“Esse é um número que quando se fala aparece sempre. Não lhe quero dizer se são 100 milhões, se são 95 ou se são 105. Em termos de ordem de grandeza, não estamos a falar num projeto que, de repente, passa para os 500 ou 600 milhões. Não é nada disso”, assegurou o presidente da Metro do Porto.