Greve levou à supressão de 147 comboios da CP até às 8h
28/02/2023 10:28 - Público

As perturbações na CP deverão fazer-se sentir até quinta-feira. Paralisação ao trabalho suplementar na manutenção arranca esta terça-feira e dura um mês.

Greve levou à supressão de 147 comboios da CP até às 8h

A CP suprimiu mais de metade dos 253 comboios programados para entre as 0h e as 8h desta terça-feira devido ao segundo dia de greve dos trabalhadores da transportadora e das várias empresas da Infra-estruturas de Portugal.

De acordo com um balanço feito pela CP esta terça-feira de manhã à Lusa, dos 253 comboios programados foram realizados 106 e suprimidos 147 (58,1%).

Estavam programados 73 comboios regionais e inter-regionais, tendo sido suprimidos 40 e realizados 33.

Quanto aos urbanos de Lisboa, estavam previstos 115, foram suprimidos 76 e efectuados 39.

Nos urbanos do Porto, estavam programados 53, foram realizados 29 e suprimidos 24.

No que diz respeito aos comboios de longo curso, estavam previstos 12, foram suprimidos sete e realizados cinco.

As perturbações na CP deverão fazer-se sentir até quinta-feira. A transportadora já alertou para a possibilidade de haver “fortes perturbações” na circulação dos comboios entre as 0h de segunda-feira e as 23h59 de quinta-feira, mesmo havendo serviços mínimos decretados para os quatro dias (25%).

A paralisação decore de várias greves, de trabalhadores da CP e de trabalhadores de várias empresas da IP, decretadas perante o impasse que dizem existir nas negociações salariais com a administração das duas empresas.

Uma das paralisações foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário / Fectrans (da CGTP), envolvendo trabalhadores da CP e de empresas do grupo IP (IP Engenharia, IP Património e IP Telecom). A segunda paralisação abrange outros trabalhadores do grupo IP, tendo sido convocada por vários sindicatos, como o Sindicato Nacional dos Ferroviários de Movimento e Afins, o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública ou o Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infra-estruturas e Afins (Sinfa)

Ao mesmo tempo, arranca nesta terça-feira uma paralisação ao trabalho suplementar no sector da manutenção, protesto que durará um mês, até 28 de Março.

Entre 10 e 17 de Março haverá uma nova greve, marcada pelo sindicato dos maquinistas (SMAQ).

Em relação à paralisação desta terça-feira, António Salvado, do Sindicato Independente dos Trabalhadores Ferroviários, das Infra-estruturas e Afins, afirmou à Lusa, de manhã, que a “adesão à greve é total”, estando apenas a ser cumpridos os serviços mínimos.

“Hoje, além do pessoal ferroviário, administrativo, operacional e de manutenção, juntam-se também os trabalhadores da Infra-estruturas de Portugal. A adesão é total, estão apenas a ser cumpridos os serviços mínimos que foram decretados para os quatro dias da greve, entre segunda e quinta-feira”, disse.