Fertagus prevê perturbações a 28 de fevereiro e 2 de março devido à greve na IP
24/02/2023 22:22 - Sapo 24
O serviço ferroviário da Fertagus, que liga Setúbal e Lisboa, poderá ter "perturbações" a 28 de fevereiro e 2 de março, devido à greve da Infraestruturas de Portugal (IP), segundo a transportadora.
Numa nota publicada no seu ‘site’, a Fertagus – que explora esta linha ferroviária, com passagem pela Ponte 25 de Abril, mediante o pagamento de uma taxa de utilização à IP – refere que os condicionamentos na circulação dos comboios poderão registar-se entre as 00:00 e as 24:00 do dia 28 de fevereiro e do dia 02 de março.
“Caso sejam decretados serviços mínimos pelo CES – Conselho Económico e Social -, atualizaremos esta informação em www.fertagus.pt”, refere a empresa na nota divulgada hoje.
A transportadora serve, atualmente, 14 estações, numa extensão com cerca de 54 quilómetros, e o seu serviço é responsável por perto de 85 mil deslocações diárias.
O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) e o Sindicato Nacional dos Ferroviários do Movimento e Afins (Sinafe) anunciaram a 14 de fevereiro uma greve na Infraestruturas de Portugal (IP) para os dias 28 de fevereiro e 02 de março.
Em causa está o “impasse” nas negociações salariais com a administração da IP, afirmam os sindicatos em comunicado.
Segundo contam, na última reunião, a administração da IP manteve a sua proposta apresentada na anterior reunião, “não havendo qualquer evolução, nem aproximação às revindicações do Sintap e do Sinafe”.
De acordo com o Sintap e o Sinafe, as propostas dos sindicatos não foram consideradas pela comissão negociadora patronal, pelo que, “perante este impasse, a administração decidiu travar a fundo as negociações impondo aumentos salariais por ato de gestão”.
Os trabalhadores farão greve “à prestação de todo e qualquer trabalho” nos dias 28 de fevereiro e 02 de março “durante todo o seu período de trabalho”.
Os sindicatos indicam que a greve é pelo aumento dos valores salariais e do poder de compra, pela retoma da negociação coletiva e pela “não discriminação de trabalhadores” e contratação de pessoal.