Nova linha do Metro do Porto vai demorar cerca de três anos a ser construída
13/10/2022 08:40 - NIT

A construção da futura linha Rubi do Metro do Porto, que ligará as estações da Casa da Música e de Santo Ovídio, vai começar a ser construída na primeira metade de 2023 — e deverá levar dois anos e 10 meses até estar concluída. Segundo o Estudo de Impacto Atual (EIA), a sétima travessia entre … Continued O conteúdo Nova linha do Metro do Porto vai demorar cerca de três anos a ser construída aparece primeiro em NiT.

Nova linha do Metro do Porto vai demorar cerca de três anos a ser construída

A construção da futura linha Rubi do Metro do Porto, que ligará as estações da Casa da Música e de Santo Ovídio, vai começar a ser construída na primeira metade de 2023 — e deverá levar dois anos e 10 meses até estar concluída. Segundo o Estudo de Impacto Atual (EIA), a sétima travessia entre as duas margens do Douro pode mesmo obrigar à demolição de edifícios em Gaia.

“Estima-se que a construção da linha Casa da Música-Santo Ovídio dure, no total, cerca de 34 meses (dois anos e 10 meses)”, pode ler-se no EIA divulgado esta quarta-feira, 12 de outubro. De acordo com o estudo, a empreitada que irá demorar mais tempo de toda a obra será a do viaduto sobre o rio e os seus acessos: levará 32 meses a estar finalizada. 

Trata-se de “uma ponte com um pórtico com escoras inclinadas, suportada integralmente em betão e com um perfil longitudinal a uma altura ligeiramente superior à da Ponte da Arrábida”. O Estudo de Impacto Ambiental admite que esta nova travessia sobre o Douro pode ter um “impacto negativo bastante significativo” na paisagem e, “sobretudo cenicamente”, embora estejam previstas medidas de mitigação projetadas pelo arquiteto Álvaro Siza.

Já o túnel entre as estações das Devesas e Santo Ovídio será o segundo troço mais moroso, com 21 meses de duração, e que poderá implicar a demolição de alguns edifícios em Gaia, para permitir uma velocidade superior. “Pelo pouco recobrimento que apresenta na aproximação da estação terminal e pelo edificado existente à superfície, apresenta-se como uma solução complexa e implica a demolição de alguns edifícios”, pode ler-se no resumo.

“Para a construção da estação Santo Ovídio, independentemente da solução selecionada para o túnel a oeste, também será necessário demolir a totalidade das construções existentes na parcela limitada pela rua António Rodrigues Rocha (a norte) e o largo da Igreja Paroquial de Santo Ovídio”, acrescentam.

A estação Campo Alegre, no Porto, será subterrânea e foi estrategicamente implantada para “salvaguardar as construções existentes”, “minimizar o impacto na circulação viária” e “abater o menor número possível de árvores existentes”. Contudo, a obra também terá outro tipo de impactos na cidade, nomeadamente em termos de ruído, pelo que “deverão ser necessárias medidas compensatórias, nomeadamente deslocação de residentes para hotéis nos períodos de maior afetação”.

Em Gaia, as estações previstas para a linha Rubi são Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida, e, no Porto, Campo Alegre e Casa da Música.