Metro do Porto prevê superar a pandemia em 2023/24
08/06/2022 14:06 - Transportes & Negócios
A Metro do Porto melhorou a generalidade dos indicadores em 2021, face a 2019, mas prevê só superar os números pré-pandemia em 2023 ou 2024.

No ano passado, a Metro do Porto transportou 41,7 milhões de passageiros, 5,9% acima dos 39,4 milhões registados em 2020, mas ainda longe do alcançado em 2019, o último ano antes da pandemia e um ano recorde para a empresa, com 71,4 milhões de passageiros.
De acordo com a “Lusa”, no ano passado, dos 41,702 milhões de validações registadas, 30,132 disseram respeito a assinaturas mensais e 11,569 a títulos ocasionais tendo, no total, sido registada uma média diária de 138 mil validações, um aumento de 5,2% face às 131 mil de 2020, mas ainda abaixo da média de 234 mil observada em 2019.
Por estações, a Trindade (Porto) continuou a ser a mais utilizada pelos passageiros, registando 7,66 milhões de validações em 2021 (mais 395 mil que em 2020), tendo sido também a “que mais contribuiu para o crescimento total do número de validações em toda a rede entre 2020 e 2021 (explicando, por si só, 17,4% desse crescimento)”, pode ler-se no Relatório e Contas.
As estações Trindade, Casa da Música, São Bento, Campanhã, João de Deus (Vila Nova de Gaia), Santo Ovídio (Vila Nova de Gaia), 24 de Agosto, Senhora da Hora (Matosinhos) e Bolhão “representam quase metade do total de validações”, refere a Metro do Porto.
“Constata-se, além disso, um claro padrão territorial: as estações da Linha Amarela (de Santo Ovídio ao Hospital de São João) e do chamado Tronco Comum (do Estádio do Dragão à Senhora da Hora) explicam, no seu conjunto, 81,5% das validações de 2021”, pode ainda ler-se no documento.
Em termos relativos, observaram-se ainda aumentos significativos nas estações Jardim do Morro (Vila Nova de Gaia), com mais 26,3%, ISMAI (Maia), com mais 24,3%,, e Santa Clara (Vila do Conde), com mais 18,1%.
Relativamente às contas da empresa, os prejuízos baixaram 26 milhões de euros em 2021, face a 2020, ou 64,717 milhões de euros contra 90 milhões de euros. Sendo que aqui o resultado de 2010 foi pior, com um resultado líquido negativo de 91 milhões de euros.
A Metro do Porto prevê que os passageiros e as contas se aproximem dos valores pré-pandemia apenas em 2023, superando 2019 nalguns indicadores só em 2024, segundo o Plano de Actividades e Orçamento (PAO) de 2022.
“Pressupõe-se que apenas em 2023 será possível atingir valores de procura semelhantes aos apurados em 2019, ou seja, o volume de passageiros em 2023 será de cerca de 96% do registado em 2019”, diz.