Greve suprimiu 70% dos comboios programados no Porto até às 10h
23/05/2022 10:49 - Sapo Eco

A greve parcial convocada hoje pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) suprimiu, entre a meia-noite e as 10h de hoje, um total de 61 comboios, cerca de 70% dos que estavam programados, disse à Lusa fonte da CP – Comboios de Portugal. Contactado pela Lusa, o dirigente do SFRCI no Porto, António Lemos, […]

Greve suprimiu 70% dos comboios programados no Porto até às 10h

A greve parcial convocada hoje pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) suprimiu, entre a meia-noite e as 10h de hoje, um total de 61 comboios, cerca de 70% dos que estavam programados, disse à Lusa fonte da CP – Comboios de Portugal.

Contactado pela Lusa, o dirigente do SFRCI no Porto, António Lemos, contestou os números avançados pela transportadora, considerando que “não faz sentido” ir buscar números desde a meia-noite. “A greve começou às 5h. Comboios até às 5h, aqueles que são da noite, efetuaram-se e não faziam parte da greve”, disse.

O sindicalista adiantou ainda que após as 8h30, hora prevista para o fim da paralisação, o serviço já está a ser retomado gradualmente, mas ainda sem a regularidade prevista nos horários “por causa da recolocação dos trabalhadores” para efetuarem os comboios.

Na sexta-feira, a CP alertou para possíveis perturbações nos urbanos do Porto na manhã de hoje, devido a uma greve parcial sem serviços mínimos, de acordo com um comunicado.

O SFRCI anunciou na quinta-feira duas novas greves parciais nas zonas urbanas de Porto e Lisboa neste mês, reivindicando melhorias salariais.

A greve parcial na zona urbana do Porto decorreu hoje entre as 05h e as 8h30, enquanto a da zona urbana de Lisboa está prevista para o dia 27, entre as 17h e as 21h, foi anunciado pela direção do sindicato, em comunicado.

O sindicato, que na CP representa a maioria dos trabalhadores do serviço comercial e transporte (revisores, trabalhadores das bilheteiras e as suas chefias diretas), considerou que o aumento de 0,9% da tabela salarial não é “um valor aceitável” face a contínua perda de poder de compra, “algo que já acontece desde 2019”.

Os trabalhadores da CP fizeram em 16 de maio uma greve de 24 horas, para reivindicar aumentos salariais de 90 euros para todos os trabalhadores.