CP chega a acordo com 12 sindicatos. Salários sobem 0,9%
16/05/2022 14:11 - Sapo Eco

A CP – Comboios de Portugal chegou a acordo com 12 sindicatos de trabalhadores da empresa para um aumento salarial em 0,9%, com efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2022, anunciou esta segunda-feira o conselho de administração da transportadora ferroviária. Este acordo permite integrar todos os trabalhadores (incluindo os que transitaram da ex-EMEF) nos […]

CP chega a acordo com 12 sindicatos. Salários sobem 0,9%

A CP – Comboios de Portugal chegou a acordo com 12 sindicatos de trabalhadores da empresa para um aumento salarial em 0,9%, com efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2022, anunciou esta segunda-feira o conselho de administração da transportadora ferroviária. Este acordo permite integrar todos os trabalhadores (incluindo os que transitaram da ex-EMEF) nos mesmos instrumentos e condições de trabalho.

Em comunicado, o conselho de administração da empresa detalha que o “acordo de princípio para os Instrumentos de Regulamentação Coletiva de Trabalho” foi assinado pelo ASCEF, FENTCOP, SERS, SIFA, SINAFE, SINDEFER, SINFA, SINFB, SIOFA, SMAQ, SNAQ E STMEFE. Ou seja, a Fectrans, o SNTSF e o SFRCI, os três sindicatos que convocaram a greve desta segunda-feira, não aceitaram este acordo.

Além do aumento salarial, a negociação deste acordo de princípio prevê a eliminação de um índice na base para todas as categorias, exceto para as de Especialistas e Técnicos Superiores. Porém, para esta última categoria, a CP compromete-se a rever esta mesma eliminação em 2023.

Serão também eliminados um índice adicional na base das categorias de Assistente Comercial, Operador de Revisão e Operador de Venda, bem como as sobreposições de índices salariais entre categorias e respetivas categorias de chefia.

Excetuando os Técnicos Superiores e Especialistas, o acordo prevê um acréscimo de um índice no topo para todas as categorias. A duração das carreiras também será reduzida, mediante tempos mínimos de permanência, para mudança de índice, com o máximo de quatro anos.

Em matéria de subsídios, o de refeição será uniformizado para 7,74 euros, enquanto o de transporte será reposto por opção para os trabalhadores ex-EMEF que, à data da fusão, o auferiam, a não ser que tenham direito ao Abono de Transporte/disponibilidade. Haverá ainda uma subida de 6 euros no Abono de Falhas para venda em postos de venda fixos e um aumento do irev (componente do prémio de revisão diário) para 80 cêntimos.

Aos trabalhadores ex-EMEF serão aplicadas as regras consagradas no Acordo de Empresa da CP relativamente a organização do trabalho, abonos e variáveis retributivas, salvo manutenção das anuidades e da 6.ª diuturnidade por quem já as tem, ao mesmo tempo que serão integrados na tabela salarial da CP, com efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2022.

O conselho de administração da CP sublinha, no comunicado, que o novo Acordo de Empresa e as condições deste acordo de princípio não abrangerão os trabalhadores filiados em sindicatos “que não os outorgaram ou a eles não adiram”.

Já os trabalhadores não filiados em sindicatos devem “aderir individualmente ao mesmo acordo, no prazo três meses após publicação no Boletim de Trabalho e Emprego, para que este lhes seja aplicável”, acrescenta.